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Em dois dias de Paralimpíada, Brasil já ganhou oito medalhas em Tóquio

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Ale Cabral/Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
Daniel Dias é o paratleta brasileiro com mais medalhas em Tóquio até o momento. 

Em apenas dois dias de Jogos Paralímpicos, o Brasil já faturou oito medalhas. Até o momento, a natação é o destaque das modalidades brasileiras com seis medalhas. A esgrima conseguiu a primeira medalha em Tóquio com o gaúcho Jovane Ghuissone. O Brasil também conquistou lugar no pódio na modalidade hipismo adestramento. Os jogos paralímpicos de Tóquio começaram em 24 de agosto e terminam em 5 de setembro. Confira as vitórias da delegação brasileira:

NATAÇÃO

As primeiras vitórias na natação foram com o paulista Gabriel Bandeira, que levou ouro e quebrou recorde olímpico na modalidade, e com o mineiro Gabriel Geraldo Araújo, que ficou com a prata. Na quarta-feira, o multimedalhista Daniel Dias e o pernambucano Phelipe Rodrigues levaram medalhas de bronze na natação. Daniel Dias obteve a marca de 2min38s61 na prova de 200 metros livre na classe S5 (categoria de deficiente físico-motor). Já Phelipe Rodrigues competiu nos 50 metros livre da classe S10 (categoria de deficiente físico-motor), com o tempo de 23s50. Daniel Dias conquistou ainda mais um bronze na prova de 100 metros livre da classe S5 (deficiência físico-motora), com o tempo de tempo de 1min10s80.

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Na manhã desta quinta-feira, o Brasil conquistou medalha de bronze na prova de revezamento misto no 4x50 metros livre 20 pontos na paralimpíada de Tóquio. Os nadadores brasileiros Daniel Dias (classe S5), Talisson Glock (classe S6), Joana Neves (classe S5) e Patrícia Pereira (classe S4) obtiveram o tempo de 2min24s82.  As classes S4, S5 e S6 são compostas de atletas com deficiência física-motora. As competições de natação estão sendo disputadas no Centro Aquático de Tóquio, na capital japonesa.

ESGRIMA

Ouro na Paralimpíada de Londres (2012), o esgrimista gaúcho Jovane Guissone, de 38 anos, conquistou a prata na manhã desta quinta-feira, na disputa da espada individual na categoria B (menor equilíbrio e mobilidade no tronco). O brasileiro foi superado pelo atleta Alexander Kuzykov, do Comitê Paralímpico Russo (ROC, sigla em inglês), por 15 a 8. Natural da cidade de Barros Cassal (RS), Guissone segue como único medalhista do país na esgrima, seja em Olimpíadas ou Paralimpíadas.

Vice-líder no ranking mundial, Guissone chegou à final  após derrotar, na madrugada desta quinta-feira, o britânico Bimitri Coutya por 15 a 12. Antes, o gaúcho já despachara o iraquiano Ammar Ali por 15 a 10 nas quartas de final. Em sete duelos antes da decisão pela medalha de ouro, foram sete duelos, e Guissone perdeu apenas o primeiro - para o ucraniano Oleg Naumenko - e o último para Kuzykov (ROC). O gaúcho começou a praticar esgrima há 13 anos, após sofrer uma lesão na medula ao ser atingido por disparo de arma de fogo durante um assalto. 

HIPISMO ADESTRAMENTO

O paulista Rodolpho Riskalla conquistou na manhã desta quinta-feira medalha de prata no hipismo adestramento na prova do grau IV (categoria que reúne atletas com comprometimento leve em um ou dois membro, e também aqueles com deficiência visual moderada). Este é o melhor resultado de brasileiros na história da participação do país na modalidade. 

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Montando o cavalo Don Henrico. Riskalla, de 37 anos, se apresentou ao som de Aquarela do Brasil (Ary Barroso) e Halo (Beyoncé). O entrosamento resultou no segundo melhor aproveitamento da competição, garantindo a pontuação de 74,659.

Quem ficou com a medalha de ouro foi a atual campeã mundial europeia Sanne Voets, da Holanda. Ela montou Demantur e totalizou 76.585. Já o belga Manon Claeys levou o bronze montando San Dior 2, finalizando com 72.853.

Com a prata de Riskalla, o Brasil chegou à quinta medalha no adestramento em Paralimpíadas. O país já havia conquistado outros quatro bronzes com os cavaleiros Marcos Fernandes Alves (dois nos Jogos de Pequim 2008) e Sergio Froes Oliva (dois na Rio 2016).

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